quinta-feira, 9 de junho de 2011

Kialla, Austrália 10 de Junho de 2011 - Despedida


Passou practicamente um mês desde que aqui cheguei. Durante este periodo tive a possibilidade de viver uma óptima experiência profissional e pessoal, sem arrependimentos sinto isso. Profissionalmente, pude conhecer in loco um novo país produtor e daí poder fazer as inevitáveis comparações. Tal como no Chile, aqui o esforço para ter qualidade é grande, existe um conhecimento geral daquilo que se deve fazer para no final se ter um bom azeite. As azeitonas são colhidas verdes, transportadas em palottes ventilados e imediatamente transformadas. A higienização dos equipamentos é diária e as temperaturas de extracção adequadas e compatíveis com a alta qualidade pretendida. Dispõem de alta tecnologia no lagar embora ainda algo deficitários a nível técnico, devido á pouca experiência. Esta lacuna será ultrapassada porque o empenho e a vontade de aprender são notórias e evidentes. A qualidade dos azeites é boa e á excepção do problema da gafa na variedade barnea, a sanidade do olival é excelente. Esta é uma grande vantagem, porque a necessidade de aplicação de fitofármacos é quase nula. Importa salientar que os autralianos têm uma grande consciência ambiental, respeitam e preservam o meio que os rodeia. Existe muita terra disponível, plana e com água suficiente para explorar o olival de uma forma rentável, apesar de ter diminuído o ritmo de novas plantações devido á baixa de preços do azeite. A maior dificuldade prende-se com o custo da mão de obra, que obriga a uma mecanização quase total, verificando-se grandes desperdícios de azeitona na colheita, ficando nalguns casos 30% da azeitona na oliveira por colher.

A nível pessoal, tive o previlégio de conhecer e viver durante todo este tempo com pessoas absolutamente singulares. Parece impossível não conseguir ver ninguém irritar-se, nenhum grito, nenhum sintoma de stress. Isto para mim é absolutamente notável, só vendo é que se pode acreditar. A simpatia e a entreajuda reinou de princípio a fim, com as pessoas a colocarem-se todas ao mesmo nível, desde os donos até ao tractorista. Sem dúvida que volto com vários amigos, tal como o ano passado, serão relações que vão perdurar, contactos que não se perdem. Isto é sem dúvida a maior riqueza que se leva para casa destas experiências, não é o dinheiro. Em Outubro, terei muito provávelmente a sua visita e espero então ser capaz de os receber e tratar como me fizeram.

Aqui fica o meu reconhecimento e gratidão para este grupo de pessoas com quem vivi durante todos estes dias:

John Symington
Marjan Symington
Gary
Jonathan
Johny
Stephan
Neil
George

1 comentário:

  1. Bom dia, Alberto!

    Meu nome é Gisele e moro em Porto Alegre/RS, Brasil. Cheguei ao teu blog através do site Oasis Olives. Sou amiga virtual do Sr. John Symington para aprimorar o idioma e fiquei muito feliz em ver fotos da fazenda, das oliveiras, dos cangurus, etc.
    Muito prazer em conhecer-te.

    Saudações.

    Gisele Petry
    Porto Alegre/RS
    Brasil

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